quarta-feira, 24 de novembro de 2010

UM BOM PREFEITO

Da infância
Pobre.
Com pouca
Comida,
Roupas
E sapatos.


Dormia para
Ver se a fome
Evaporava.

Tinha duas
Opções,
No meu
Belo
Sertão.


Ser agricultor
Como o pai.

Ou estudar
Para ter um
Diploma.


Estudou para
Ter um diploma.


Mas com muitas
Adversidades.
Principalmente
A financeira.


Conseguiu
O diploma.


Mamãe,
Titias,
Titios,
Parentes,
Amigos e
Inimigos.

Elogiavam
O garoto
Por sua
Vitória
Triunfal.


O menino
Agora é médico.


No sertão
Ou na cidade
Grande
É denominado
De doutor.

Como ser
Doutor?
Se não fez
Doutorado?!

Esse doutor
Ser torna
Um notável
Médico.


Sua fama
Edificava-se.
E a fortuna
Crescia.

Em cada
Paciente
A ser atendido.


Um sentimento
O corroia.
Como se ainda
Estivesse devendo
Algo, apesar
De ter pagado
Um alto valor
Pela consulta.

Um negociante
De medicina,
Como Bezerra
De Menezes,
Interpretava.


Agora ele almeja
Uma possibilidade.
De ser prefeito
Da cidade natal.

E olha!
Que o
Bom menino
Ganhou
As eleições
Para
Prefeito.

Agora o dinheiro
Entra no seu bolso,
De uma maneira
Que a população
Nem sonha.


Troca uma folha
De papel, por
Algumas centenas,
Não!
Que centenas?
Mil,
Que mil?
MILHÕES
Na sua
Conta bancária.


O pior que muitas
Crianças,
Da cidade
Não tem uma
Escola de qualidade.

E o filho do médicozinho
Estuda na melhor
Escola do país.

Uma dessas
Crianças,
Resolve
Ser assaltante.

E acaba tornando-se
Bem sucedido
Rouba bancos e
Traficam drogas.

O filho do prefeito
Vai passar férias
Na cidade do pai.


Em um belo
Assalto,
O filhinho
Recebe uma
Bala no abdômen.


É cara amigo!
O menino
Do bem.


Acabou de
Encontrar
O velho
Zé Maria.

O seu pai
A chorar no leito
De morte.


E pergunta-se,
O que ele fez de
Errado.
                                                                          20/11/2010

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