Abro os olhos, meio-dia.
O teto é a tela do meu quadro.
Um branco gelo do qual não escapo
Nos lençóis, apatia.
No banheiro o espelho denuncia.
As rugas mostram o tempo decorrido.
A cara deslavada, o peito destruído.
Não, não era o que eu queria.
Algo de estranho acontece
De uma força interna que cresce.
Que me dá energia
Para sair dessa letargia.
Vou me levantar e tentar.
Por medo de errar eu não posso ficar.
Esse homem não é mas um menino.
Vou sair pela porta e alcançar meu destino.
Obs. Essa poesia não é totalmente de minha autoria, só alguns trechos. Foi parceria.