domingo, 29 de maio de 2011

Diminutos fragmentos



Há pedaços de vidro
No asfalto
(na faixa de pedestre).


Na minha frente
Na minha direção.


E quebrarei um por um,
Até rebaixá-los
Á diminutos fragmentos.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

UM HOMEM BOM





Estava caminhando
Entre ruas estreitas.


Olhando livrarias
Manchetes de jornais.


Em um banco
De madeira.

Uma menina
NÃO!

Uma mulher
Chorando!

Passei despercebido
Em frente ao banco.


Fiquei pesando...
 Voltar?


Voltei
E sentei.


Ao seu lado
Lado a lado.


Ela assustou-se
Eu comuniquei.


Minhas intenções
Eram de ajudar.

Porque choras
Mulher?


Ela não conseguio
Nem pronunciar.


Seu desespero
Era estarrecedor.


Eu segurei
Seus braços.


Ajudei a levantar
E levei a um restaurante.


Acomodei ela
Em um sofá.


E em uma  ala
Bem reservada.


Pedir licença
Falei com o garçom.


Água com acúcar
Já estava na mesa.


Ela ingeriu
Tal líquido.


Comecei a dialogar
Para mim informar.


Ela muito trêmula
 E a garguejar.


O irmão morreu
Infarto fuminante.


Ele estava em casa
Domindo.


O irmão era professor
E um elegante escritor.


Nunca enganava
Sequer um mendigo.


Era ovacionado
Pelas mulheres.


Belas mulheres,
As amantes de suas poesias.


Não só mulheres,
Mas a todos que ele rodeou.


Ela toda vez que o encontrava
Entrava em choque.


Saiam faíscas extridentes
O melhor era viver separados.


A distância era o melhor 
Remédio para eles.


As controvérsias ideologicas
Era o fator catalisador das discurssões.


Só agora lhe veio a tona 
Todo o brilho do irmão.


Um grande homem!
E que Deus a tenha.